A Justiça Federal determinou que a Fundação Renova e as empresas Samarco, Vale e BHP, reconheçam as comunidades entre Nova Almeida e Conceição da Barra, como atingidas pelo rompimento da barragem da Samarco, ocorrida em 2015, em Mariana. Essas áreas devem ser integradas às ações de reparação. A decisão é fruto de um trabalho intenso realizado pela Defensoria Pública do Espírito Santo e demais instituições de justiça e foi proferida pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), em Belo Horizonte, Minas Gerais.
O litoral capixaba já havia sido considerado, em 2017, área impactada pelo Comitê Interfederativo (CIF), composto por união, governos do Espírito Santo e Minas Gerais. Porém, a Renova nunca cumpriu a decisão e tentou anula judicialmente o reconhecimento. Em 2023, a Justiça Federal decidiu que a Vale e BHP depositassem judicialmente R$ 10,3 bilhões para garantir que as ações de reparação incluíssem as áreas indicadas na deliberação do CIF, no entanto a decisão foi suspensa após recurso das mineradoras.