A Universidade São Paulo (USP) vai realizar uma coleta de sangue e materiais dos moradores afetados pelo desastre ambiental no Rio Doce, provocado pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG).
Através do grupo de pesquisa Toxicologia e Essencialidade de Metais, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, uma equipe realizará a coleta do material a partir desta sexta-feira, 17 de março. Essa coleta servirá para avaliar a exposição a metais pesados nos cidadãos integrantes das comunidades localizadas na foz do Rio Doce e no litoral capixaba (distritos de Regência e Povoação).
Com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, milhares de toneladas de rejeitos foram despejados no rio e no litoral, comprometendo a qualidade da água e da vida marinha da região, o que influencia diretamente a vida das pessoas que ali residem.
Coordenado pelo Prof. Dr. Fernando Barbosa Jr, o trabalho será feito gratuitamente, e as pessoas que se submeterem à coleta deverão ser voluntárias. As atividades começam em Regência nesta sexta (17) e vão até o dia 20 de março, segunda-feira, das 7 h às 11 horas, na Unidade de Saúde de Regência.
“Esperamos que pessoas que residam em domicílios abastecidos pela água da Bacia do Rio doce aceitem participar desta pesquisa, com a coleta de sangue, cabelo e urina. Além disso, amostras da água de beber e da torneira e dos alimentos consumidos nesta região serão coletados em busca de possíveis fontes de exposição”, explica Ana Carolina Cavalheiro Paulelli, pós-graduanda da USP e uma das responsáveis pelo projeto.
Os procedimentos para quem quiser participar serão:
1. Responder o questionário com hábitos do seu dia-a-dia;
2. Doar uma pequena amostra de sangue, cabelo (uma mecha fina da área de trás da cabeça, perto do couro cabeludo) e urina;
3. Trazer de casa, no dia seguinte às coletas, um pouco de água de beber e um pouco de água de torneira.
O trabalho será importante para avaliar se a população está exposta a metais em concentrações que prejudiquem a saúde, e se a água ou os alimentos estão sendo fonte de entrada desses metais no organismo.
Os resultados obtidos poderão auxiliar na elaboração de políticas públicas de saúde e ambientais, bem como subsidiar com informações para instituições que atuam na defesa dos atingidos, como é o caso da Defensoria Pública. Por isso é fundamental a participação de todos.
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