A Defensoria Pública Estadual, por meio do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher, oficiou a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) sobre os dados de violência contra as mulheres com deficiência. A Instituição que saber quantos boletins de ocorrência foram registrados para casos de violência doméstica e familiar, bem como o quantitativo de flagrantes registrados em vídeo, nos últimos três anos no Espírito Santo.
Segundo apuração da Defensoria Pública, os boletins de ocorrência não identificam quais são mulheres com deficiência, como está previsto na Lei Maria da Penha. “Várias representantes de mulheres com deficiência denunciaram que nenhum dos índices sobre segurança pública e violência contra as mulheres, aparece o recorte em relação àquelas com deficiência”, explica a Maria Gabriela Agapito, coordenadora de Promoção e Defensa dos Direitos das Mulheres.
Maria Gabriela avalia que quanto maior a vulnerabilidade da mulher, maiores são as chances de sofrer violência, em sua forma mais grave. “A mulher com deficiência está mais suscetível a violência, bem como a mulher com filhos nesta condição. Mas precisamos ter os dados para fazer um retrato da realidade e adotar as medidas cabíveis para que haja a promoção de políticas públicas voltadas para essa população”.