A jovem de 18 anos, Rafaela Mendes Zvinakevicius, portadora de hipertrofia mamária, teve sua solicitação de mamoplastia redutora bilateral negada pelo plano de saúde, mesmo com recomendação ortopédica para a realização da cirurgia. A Defensoria Pública do Espírito Santo, em São Mateus, teve o pedido de tutela de urgência aceito na última sexta-feira (26), determinando ao plano de saúde que autorizasse e custeasse da intervenção cirúrgica da moça.
O Defensor Público Aurélio Henrique Broseghini Alvarenga, explica que, mesmo após recomendação, o plano negou cobertura. “Inicialmente encaminhamos ofício recomendatório para o plano para que realizasse a referida cirurgia, pois se tratava de procedimento com vistas a sanar as fortes e ininterruptas dores que Rafaela sente na coluna, devido ao grande volume dos seios, não tendo nenhum vínculo com reparação meramente estética, sendo, portanto, recomendação de ortopedia”.
O Defensor ingressou com uma medida judicial, que foi distribuída ao segundo juízo cível de São Mateus, com pedido de tutela de urgência para que o plano realizasse ou custeasse a referida cirurgia, no prazo de 30 trinta dias, visando o necessário tratamento de saúde de Rafaela.
A mãe de Rafaela, a Sra. Marilza Mendes Zvinakevicius, conta que a filha reclama de dores na coluna desde que os seios começaram a crescer, há cerca de cinco anos. “Eu a levei ao médico e foi diagnosticado que o peso excessivo do busto era o motivo das dores na coluna, porém, foi recomendado aguardar a maioridade dela para que a cirurgia fosse realizada”, conta.
Além do tamanho das mamas que chegam a vestir soutien tamanho 48, Rafaela tem uma estatura bem pequena, apenas 1,44m, o que, segundo sua mãe, dificulta muito o vestuário. “É bastante complicado as roupas servirem ou ficarem boas, o que causa um complexo em minha filha”, explica Marilza.
A jovem, que está feliz por finalmente conseguir realizar a mamoplastia, conta que mudará sua vida. “Vou poder sair na rua sem morrer de vergonha, usar as roupas que eu queria usar.
Não vou mais sentir o peso doloroso do peito, e, ainda, poderei frequentar as aulas de educação física na escola sem machucar a pele ou a coluna”, relata Rafaela.
Para finalizar, a senhora Marilza agradece o desempenho da Defensoria Pública que se empenha diariamente em todas as situações difíceis que precisa lidar. “Tudo que eu precisei, os Defensores Públicos estiveram sempre disponíveis para resolver, com muita boa vontade, se esforçando ao máximo. Só tenho a agradecer a cooperação e competência da instituição”, completa.
Por Raquel de Pinho