É a primeira vez que mulheres do bairro Santana recebem curso voltado exclusivamente para elas
Nesta terça, foi realizada a primeira aula do Curso de Defensoras Populares, que visa a conscientizar as mulheres sobre seus direitos e os serviços de garantia e proteção a elas. O curso terá 10 módulos e será ministrado toda terça-feira, de 19h às 22h, no bairro Santana, em Cariacica.
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“O trabalho do núcleo é baseado em orientação em direitos, pois acreditamos que o individuo que tem conhecimento consegue acessar melhor o sistema de justiça. Esse conhecimento também contribui para o empoderamento da mulher, pois pode se desvencilhar de uma situação de violência pelo acesso ao sistema”, explicou a Defensora Pública Gabriela Larrosa.
De acordo com ela, uma das estratégias do curso é transformar cada uma das alunas participantes em agentes compartilhadoras de conhecimento e direitos. Por isso, as mulheres que concluírem o curso ganharão um certificado de Defensoras Populares.
“Achei a aula muito boa. A gente pensa que sabe, mas acaba vendo que tem muito a aprender. Pretendo participar do curso e contribuir com minhas colegas que não conhecem seus direitos. Os direitos das mulheres são muito negados. Espero que a gente possa aprender sobre todos os instrumentos que nós temos e não sabemos,” contou Maria da Penha Silva, moradora do bairro.
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De acordo com o coordenador da Comissão de Formação da Associação de Moradores de Santana, Lula Rocha, o curso é fundamental para as mulheres do município.
“Cariacica é carente de iniciativas como essa e é marcado pelo feminicídio e violência contra a mulher. Seria muito importante que essa iniciativa pudesse ser espalhada para outros lugares.”, comenta o coordenador.
Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com dados de 2015, o Espírito Santo é o quinto estado brasileiro no ranking de feminicídio. A taxa de mortes no território capixaba foi de 6,9 para cada grupo de 100 mil mulheres; 50% superior à média do país, de 4,4.
De acordo com a Defensora Gabriela Larrosa, a intenção é que esse projeto seja espalhado pelo estado. Em um primeiro momento, segundo ela, a ideia é levar para outros municípios da Grande Vitória, onde atua o Núcleo de Direitos Humanos.
“A primeira aula trouxe conhecimentos e embasamentos que precisávamos saber. Sinto por quem não pode estar presente, inclusive porque teve parte dos direitos das mulheres que até então não era reconhecido por nós. O que espero do curso é saber mais sobre a Lei Maria da Penha e conhecer e me aprofundar mais sobre os meus direitos como mulher”, contou Edna Cristina, participante do curso.
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