As comunidades indígenas de Comboios e Córrego do Ouro estiveram reunidas com a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo e Ministério Público Federal, no último dia 10, por videoconferência, e relataram dificuldade para combater à Covid-19. De acordo com caciques e lideranças, não há testagem suficiente e os procedimentos médicos de urgência encontram grande dificuldade para serem realizados.
Segundo o defensor público Rafael Portella, a denúncia feita durante a reunião foi confirmada pelo Comitê de Direitos Humanos de Combate ao Covid. “Acompanharemos a realização de testagens para que aconteçam o quanto antes, como também, após encaminhamento dos casos de indígenas não estão atendidos pela rede básica de saúde municipal, tomaremos as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis”.
As lideranças questionaram também a omissão das Vale, Jurong, Petrobras, Imetame, e da Fundação Renova no combate a pandemia, que mantiverem inertes mesmo após provocação dos indígenas. “Os grandes empreendimentos da região não tem dialogado com as comunidades, o que compromete a implementação do plano básico ambiental”, explica Portella.
Os indígenas também relataram que a Fundação Renova tem criado obstáculos para o ressarcimento das comunidades. “Vamos acompanhar de perto a efetivação de direitos das comunidades indígenas frente as grandes empresas e o poder público”, afirma o defensor público.