Por causa dos intensos ataques que atingiram o Morro da Piedade nos últimos meses, moradores da região têm sido obrigados a abandonar suas casas para se proteger. No ano de 2018, cerca de 40 famílias procuraram a Defensoria Pública do Estado (DPES) para garantirem acesso à moradia. A Instituição está trabalhando em conjunto com a comunidade, o município de Vitória e o Governo do Estado para encontrar soluções para a população no bairro.
A DPES, por meio do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia (NUDAM), vem acompanhando a situação dos moradores da Piedade desde 2018, quando ingressou uma Ação Civil Pública contra o Estado do Espírito Santo e o Município de Vitória, em que um dos pedidos é a criação de uma comissão integrada com a participação da população e do poder público municipal e estadual.
A comissão foi criada no último dia 04 de fevereiro, após uma audiência de conciliação realizada na justiça e é composta pelos moradores da Piedade, pelo Governo do Espírito Santo, pela Prefeitura de Vitória e também pela Defensoria Pública. O grupo já teve um primeiro encontro em que foi anunciado o retorno do Estado Presente pelo Governo e a sua abrangência ao Morro da Piedade e demais morros do entorno.
O projeto tem foco na segurança pública e tem por objetivo reduzir a criminalidade e o número de homicídios nos bairros com maiores índices de violência no Espírito Santo. Além disso, segundo o Governo, serão implementadas medidas que vão impactar diretamente na questão social, com a entrega de projetos públicos para a região.
Para o defensor público Vinicius Lamego, os moradores da Piedade precisam receber mais atenção do poder público. “Precisávamos resolver principalmente a questão da segurança, mas também a questão da assistência dos moradores, buscando a implementação de mais serviços na comunidade, que tem uma estrutura muito precária e é muito carente da atenção do poder público”.
http://www.defensoria.es.def.br/site/index.php/entenda-onda-de-violencia-no-morro-da-piedade/
Por Stael Nunes