O Projeto “Inclusão Social” certificou a 1ª turma de detentos com o curso de informática básica, iniciado há dois meses, para pessoas custodiadas na Penitenciária Estadual de Vila Velha (PEVV5), nesta terça-feira (14), através do Núcleo de Execuções Penais (Nepe) da Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES).
No último dia do curso de informática, os participantes foram convidados a realiza um trabalho final com apresentação em Power Point feita por eles utilizando o aprendizado adquirido no curso.
“Com esse curso conseguimos galgar mais um aprendizado para nossa vida. Agradecemos de coração o tratamento que nos deram. Temos uma meta a alcançar. Não podemos desistir dos nossos sonhos porque todos somos capazes”, declara um dos alunos internos certificado.
A certificação proporcionará aos apenados a remição de pena, entretanto, o principal objetivo deste Projeto é a redução do analfabetismo funcional e digital, sempre visando o retorno dessas pessoas para a sociedade.
O projeto ofereceu a capacitação técnica em informática básica a 13 apenados da PEVV5, inicialmente. Os participantes aprenderam o básico dos programas Word, Excel, PowerPoint e Internet.
Ao todo, foram 13 aulas e uma carga horária de 36 horas. Como a legislação vigente permite a remição de um dia de pena a cada 12 horas de estudo, com a conclusão do curso, 13 participantes conseguiram reduzir 3 dias. As aulas foram realizadas por professores e monitores voluntários da Faesa.
O projeto é uma realização da Defensoria Pública em parceria com a Faesa Centro Universitário. De acordo com a coordenadora do Núcleo, a Defensora Pública Roberta Ferraz, o curso permitirá a esses apenados a inclusão digital, a preparação para o mercado de trabalho, além da capacitação técnica e remição de pena.
O Programa contou com as professoras da Unidade de Computação e Sistemas e coordenadoras do Programa de Inclusão Digital da Faesa, Eliana Caus Sampaio e Renata Cristina Laranja Leite, além da Bruna Silva Santos, do Centro de Pesquisa e Extensão que apoia e assina o termo de cooperação com a DPES.
Como instrutores (voluntários bolsistas) participam Luciano Brito de Azevedo, aluno de Ciência da Computação, Luiz Rafael Máximo de Carli, aluno de Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Wesley Rodrigues Amorim, aluno Engenharia da Computação.
“Nunca liguei um computador igual a esse. Eu acredito que pra tudo tem um tempo. E agora tive a oportunidade de não ficar para trás. Não vou parar por aqui. Buscarei conhecimento”, disse o interno Filipe Gomes da Silva.
A professora Eliana Caus fala da sua experiência nesse projeto: “Saio daqui querendo que cada um deles aprenda cada vez mais e que possam ser incentivados pelo conhecimento”.
Para finalizar a idealizadora do Projeto, a Defensora Pública Roberta Ferraz agradece a todos os envolvidos. “Sou muito grata pelo Projeto ter entrado na minha vida, pela a Faesa ter abraçado a ideia e aos alunos internos que se dedicaram e fizeram com que o projeto piloto desse certo e está pronto pra prosseguir”.
Por Raquel de Pinho